Com o avanço da era digital, cada vez mais os consumidores estão recorrendo à internet para suas compras, especialmente no setor de moda. Segundo a recente pesquisa E-commerce Trends 2024,realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, 85% dos consumidores compram online ao menos 1 vez ao mês, 58% dos compradores online acham os preços online mais baixos que nas lojas físicas e 62% dos compradores online fazem 2 a 5 compras em um mês normal. Diante desse cenário, surge uma questão: o varejo físico de moda pode deixar de existir?
Com a predominância do comércio eletrônico, as plataformas online como Mercado Livre, Shein e Shopee estão redefinindo a forma como compramos roupas e acessórios. É inegável que o comércio eletrônico conquistou uma grande parte do mercado de moda. Esse setor é uma das categorias mais procuradas nas compras online, principalmente pela conveniência e variedade oferecidas pelas plataformas digitais. A possibilidade de navegar por uma ampla diversidade de produtos, comparar preços e fazer compras a qualquer hora e em qualquer lugar tem sido um fator decisivo para a crescente preferência pelo comércio eletrônico.
Além disso, a ascensão das redes sociais como canais de marketing e influência também impulsionou o varejo online de moda. Influenciadores digitais e celebridades frequentemente promovem produtos de moda em suas plataformas, alcançando um público vasto e influenciando as decisões de compra dos consumidores.
Todas essas mudanças têm colocado pressão sobre o varejo físico de moda, levantando questões sobre sua viabilidade e futuro em um ambiente cada vez mais digitalizado.
O que o varejo físico deve fazer para ‘sobreviver?’
Nesse contexto, o varejo físico de moda enfrenta um desafio: adaptar-se ou sucumbir diante da competição cada vez mais acirrada do comércio eletrônico.
É necessário que as varejistas reconheçam a urgência de se adaptarem às novas tecnologias e expectativas dos consumidores. Em um mercado altamente competitivo e em constante transformação, a digitalização é fundamental. Integrar estratégias omnicanal – tendência do varejo em estar presente em todos os canais de venda- permite que as lojas físicas ofereçam uma experiência de compra fluida e integrada.
Além disso, investir em experiências de compra inovadoras para atrair e reter clientes, que vão desde eventos de lançamento de produtos até experiências imersivas. As lojas físicas devem buscar maneiras de atrair e fidelizar os consumidores, que vão além dos quatro Ps do marketing (preço, produto, praça e promoção). Este é um desafio, mas também uma oportunidade para as marcas se modernizarem e entenderem os anseios dos consumidores.
Ao adotar uma estratégia proativa e integrada, as marcas podem se posicionar de forma mais competitiva no mercado de varejo de moda. Isso envolve investir em inovação, como a produção de clips para demonstrar produtos e a realização de “live shops”, além de explorar e promover os canais de marketplaces dentro das lojas físicas. Essas ações não apenas melhoram a experiência de compra do cliente, mas também fortalecem o relacionamento com a marca, contribuindo para sua sobrevivência e sucesso em um cenário comercial em constante evolução.
*Rodrigo Garcia é especialista em gestão de marketplaces, graduado em ADM, com MBA em Gestão de Projetos, e atua no mercado digital desde 2008. Pioneiro em vendas via marketplaces, é diretor-executivo da Petina Soluções Digitais, atendendo os principais marketplaces do mercado. Em 2021 e 2022, foi eleito o melhor consultor pelo Mercado Livre, responsável pela implementação de lojas de moda como Nike, Scala, Lupo, Guess, Puket, Amaro, Chili Beans e Reserva. Em parceria com o Mercado Livre, a startup vem digitalizando o maior polo de moda do Brasil.
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