Sócias-fundadoras da Go Digital Factory, empresa que desenvolve soluções para educar companhias sobre Web3, Metaverso e a Nova Geração de Tecnologias, explicam como a inteligência artificial vai revolucionar a contratação de colaboradores
O ChatGPT, protótipo de chatbot com IA desenvolvido pela OpenAI e especializado em diálogo, ganhou bastante destaque nos últimos dias. Isso fez com que questões relacionadas à inteligência artificial passassem a ser o foco de discussões de diversos assuntos, incluindo o uso de avatares, função que já possui IA embutida.
Adriana Molha e Ana Wadovski, sócias-fundadoras da Go Digital Factory, empresa que desenvolve soluções para educar pessoas sobre Web3, Metaverso e a Nova Geração de Tecnologias por meio de workshops, palestras, conteúdo e podcast, acreditam que há vários desdobramentos a partir de avatares, que podem funcionar autonomamente e aprender com os próprios clientes e experiências.
Segundo Adriana, na China estão estudando uma possibilidade real de implementar os funcionários avatares, que podem aprender de uma forma muito mais rápida. “Se você colocar toda a base de conhecimento da sua empresa em uma máquina, em um dia ela aprende tudo, todos os processos e as informações. O que nós levamos anos para aprender, eles levam uma hora”, explica.
Um levantamento da Page Personnel, consultoria global de recrutamento para cargos de nível técnico e suporte à gestão, aponta que nove em cada dez profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamental. Cerca de 90% dos colaboradores são desligados das empresas por conduta inesperada ou inapropriada. Nesse sentido, a contratação de avatares evitaria esse tipo de problema.
Para Ana, atualmente, a grande maioria das profissões poderiam ser substituídas por funcionários avatares. “A inteligência artificial vai potencializar a criatividade, mas nunca assumir esse papel, afinal, a IA só consegue criar a partir de dados, naturais ou artificiais. No entanto, é preciso tomar cuidado, porque se você acha que é impossível ser substituído ou trocado por um robô, é melhor começar a se preocupar”, afirma.
Além de funcionários, os avatares cada vez mais têm sido utilizados por marcas com o objetivo de promover interação com as pessoas. Um dos maiores exemplos dessa estratégia é da loja Magazine Luiza, que criou a ‘Lu do Magalu’. Essa avatar atua como influenciadora digital virtual, por meio de perfis nas redes sociais, alavancando assim a estratégia de marketing da marca.
De acordo com as sócias-fundadoras, os assistentes virtuais são ferramentas que estão presentes no cenário da tecnologia desde a Web2 e por isso estão com protagonismo tão significativo na Web3. “Os avatares estão mostrando para as empresas que são uma opção viável e funcional de contratação para várias funções, ou seja, podem ser o funcionário que todo chefe sempre sonhou”, finaliza Adriana.